Aladdin

A nova versão de 'Aladdin' chegou aos cinemas, então nada mais justo que começar com um review do clássico game baseado na animação original da Disney!

Este é um dos casos de jogos que foram desenvolvidos para mais de uma plataforma. ‘Aladdin’ foi lançado em 1993, tanto para Sega Genesis/Mega Drive e Super Nintendo, e não podiam ser jogos mais diferentes. Enquanto a versão do SNES (Capcom) focou em um jogo mais aventuresco, a do Genesis/Mega Drive (Virgin Interactive) é basicamente um action game. E isso o torna muito melhor!

A jogabilidade é bem intuitiva: você é Aladdin, e munido de uma cimitarra e das maçãs que adquire no caminho, deve derrotar os terríveis desafios que aparecem à sua frente, sejam eles guardas, estátuas vivas, ou papagaios vermelhos que falam.

Uma das críticas relacionadas a esta versão é de que Aladdin não deveria usar uma cimitarra como arma, a versão do SNES o teria retratado melhor fazendo-o pular nas cabeças dos guardas para tirá-los do caminho. Apesar de concordar em partes com a crítica, não vi o menor problema. A espada árabe ajuda a deixar o jogo mais dinâmico e interessante, e atirar as maçãs foi uma excelente sacada para atingir os inimigos à longa distância.

O jogo segue a narrativa do filme, começando no mercado de Agrabah, passando pelos calabouços do palácio, a Caverna das Maravilhas (falaremos dela depois…) e acabando no palácio do Sultão. E de cara, o design das fases saltam aos olhos, pondo em prática a tecnologia de animação desenvolvida pela Virgin Interactive – que mais tarde trabalharia no clássico ‘Earthworm Jim’. A quantidade de detalhes é absurda, coloridos com uma palheta de cor vibrante que muito se assemelha a da animação original.

Duas das dez fases foram desenvolvidas exclusivamente para o game, sem nenhuma base no filme. Uma delas, logo a segunda, se passa no deserto e não traz nada de muito curioso. A segunda é mais interessante. Uma viagem para dentro da lâmpada, onde temos várias referências ao Gênio, que brinca com a criatividade e apresenta maneiras bem divertidas de fazer o jogador atravessar a fase. O Gênio, aliás, está presente o jogo inteiro através de savepoints e de corações que recuperam vida, muito bacana.

Outro dos méritos do jogo são seus easter eggs. Estão por toda parte! Desde orelhas no Mickey presas num varal, até o Sebastião de ‘A Pequena Sereia’ preso nos calabouços do palácio. Incluíram até a Fera versão miniatura presente no filme - entre os brinquedos do Sultão - na fase do palácio. Toda vez que um easter egg aparece na tela, é sempre muito divertido. Vale mencionar também o mercador que dá uma de Stan Lee, fazendo um cameo em cada fase.

A dificuldade é padrão, nada muito complexo que o torne impossível de jogar nem muito fácil que não apresente desafios. Exceto na fase da caverna em chamas. É bom ter muitas vidas extras quando chegar lá, porque, sinceramente, poucas fases foram tão intrincadas e complicadas. Exigindo movimentos precisos e calculados, dá um alívio quando finalmente a luz no fim da caverna está lá para te cumprimentar. Jafar, o boss final, também exige bastante do jogador, mas uma vez descoberta a sequência de movimentos para derrotá-lo, é questão de minutos para ver o tão esperado “The End”.

As críticas ao jogo são pela ausência do que por qualquer outra coisa. Por exemplo, o Gênio, tão presente no filme, fica limitado ao cenário. Seria interessante poder jogar alguma fase com ele (dentro da lâmpada, talvez) como é possível fazer com Abu em fases bônus. E na fase do palácio, perderam a oportunidade de pôr Aladdin nos pomposos trajes de Príncipe Ali. Jasmine também aparece somente no último frame do jogo. Com os personagens que aparecem durante o jogo, como Iago e Abu, fica a vontade de ver aqueles que marcaram tanto o clássico da Disney.

Mas é implicância da minha parte. O jogo é pura diversão, ação e aventura embalado com uma trilha sonora que faz mexer o esqueleto, replicando os clássicos da animação que não saem da cabeça. Com certeza, tem um motivo deste ser um clássico!






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